Sonia Kramer

Professora Titular do Departamento de Educação da PUC-Rio, onde coordena o Grupo de Pesquisa Infância, Formação e Cultura, o Grupo Viver com Yiddish, o Curso Trajetórias Judaicas (convênio com o Museu de Arte do Rio/MAR). Ministra cursos de Yiddish e sobre Yiddish “Aprender com Yiddish: música, literatura e sabedoria”, “Yiddish como resistência e experiência identitária” e “Histórias contadas e cantadas em Yiddish: língua, música e pesquisa”, entre outros.

Aline Silveira
Musicista e Pedagoga. Coordenadora dos Cursos de Extensão na Escola de Música da UFRJ. Doutoranda em Educação na PUC-Rio. Pesquisa sobre infância e música Yiddish.
Alice Reimann
Pedagoga. Pós graduanda no curso de Especialização em Educação Infantil pela PUC Rio. Fez o Summer Course no YIVO de junho a agosto 2018.
Alice Fucs
Economista, mestre em administração de empresas pela PUC-Rio, sapateadora e professora de percussão corporal.
Bruno Rian
Músico. Professor de História e especialista em Ensino de História. Pesquisador e conselheiro do Instituto Jacob do Bandolim e mestrando em Educação na PUC-Rio.
Davi Barbosa
Músico. Percussionista da Banda Sinfônica da Marinha.
Ilana Reznik
Graduada em Comunicação Social pela PUC-Rio. Escritora, Celebrante de Casamentos e Contadora de histórias de amor.
Luiza Kramer
Designer de Experiências, Graduada pela PUC-Rio. Especialista em Design de Serviços e lnovacão.
Miriam Weitzman
Pedagoga, Especialista em Educação e Inclusão pela PUC-Rio, graduada na Escola de formação da Técnica Alexander de Jerusalém, bailarina formada na Escola Angel Vianna. Membro da Esther Weitzman Companhia de Dança onde é ensaiadora e professora.
Tarsila Nascimento
Musicista. Graduanda de Pedagogia na PUC-Rio.  Bolsista de Iniciação Científica do Grupo de Pesquisa INFOC.
 Thais Goulart
Musicista. Professora de Música na Rede Municipal do Rio de Janeiro. Especialista em Educação Infantil pela PUC-Rio.

Coordenação:

  • Sonia Kramer (Departamento de Educação PUC-Rio)

  • Inès Miller (Departamento de Letras PUC-Rio)

  • Marcia Antabi (Departamento de Comunicação Social PUC-Rio)

Comitê Científico

  • Cristina Carvalho (Departamento de Educação)

  • Adriana Nogueira Accioly Nóbrega (Departamento de Letras PUC-Rio)

  • Débora Danowski (Departamento de Filosofia)

  • Liliane Ruth Heynemann (Departamento de Comunicação Social)

  • Monica Herz (Instituto de Relações Internacionais PUC-Rio)

  • Renato de Andrade Lessa (Departamento de Direito)

  • Rosana Kohl Bines (Departamento de Letras PUC-Rio)

 Conselho do Grupo Viver com Yiddish

  • Eliane Pszczol (socióloga e responsável pela Judaica no MAR/Museu de Arte do Rio)

  • Israel Tabak (jornalista e professor aposentado PUC-Rio)

  • Léa Tabak (pedagoga/UFRJ e ex professora de Yiddish do Colégio Eliezer Steinbarg)

  • Mirian Garfinkel (Mestrado em Educação/UNESA e criação de performances Yiddish)

Colaboradores

  • Ana Ivenicki (Faculdade de Educação UFRJ – professora emérita)

  • Daniel Bitter (Faculdade de Antropologia UFF)

  • Flávio Limoncic (Faculdade de História – UNIRIO)

  • Leonardo Fuks (Escola de Música da UFRJ)

  • Lilian Starobinas (Casa do Povo/SP e Curso de Pedagogia do Instituto Vera Cruz/São Paulo)

  • Luciana Mendes Gandelman (Faculdade de História UFRRJ)

  • Mauro Band (ASA/Associação Scholem Aleichem)

  • Miguel Farah (Geógrafo – UNIRIO)

  • Rachel Aizenhart (Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ)

Este projeto nasce do desejo de atuar na valorização, no conhecimento e no interesse pela língua Yiddish, em especial por crianças e jovens. Cantar, ler, rir, se emocionar, ouvir histórias de outros tempos e espaços, brincar com as palavras, saborear o Yiddishkeit – a cultura Yiddish –, aprender Yiddish. Isso significa participar de um movimento que, hoje, envolve e motiva jovens de várias partes do mundo em inúmeras instituições educacionais e culturais, que fazem do velho o novo.

Bom, você deve estar pensando: Bistu mishuge?

Cooperação acadêmica com instituições nacionais e internacionais:

Instituições nacionais: Associação Scholem Aleichem/RJ; Casa do Povo/SP; Biblioteca de Campinas; Midrash Centro Cultural/RJ; Museu Judaico de São Paulo.

Instituições internacionais: Congress for Jewish Culture/USA (Yiddisher Kultur Kongres); The Workers Circle/USA (Arbeter Ring); YIVO/ Institute of Jewish Research/USA; Yiddish Book Center/USA; IWO Buenos Aires; Fishman Foudation/USA; Yiddish Book Center (memorando de pesquisa com Oral History Wexler Project).

Ações do Núcleo:

  1. Pesquisa 
    – Aprender e ensinar Yiddish como resistência e experiência identitária
    – Histórias de vida e experiências com a língua Yiddish
    – Iniciação Cientifica, Monografias, Dissertações, Teses.
  2. Ensino
    – Cursos sobre Yiddish na PUC-Rio
    – Cursos de Yiddish na PUC-Rio:

  3. Extensão e projetos culturais
    – Oficinas de Yiddish com crianças no Colégio Eliezer Max/Rio de Janeiro.
    – Shows do Grupo Musical Viver com Yiddish / CD Likhtik Livro e Cds.
    – Eventos acadêmico-culturais

O Yiddish existe há mais de mil anos, formado pela fusão do Hebraico, do Alemão e de Línguas Eslavas. Os falantes do Yiddish viviam em lugares em que circulavam várias línguas e tudo isso contribuiu para tornar a língua plural, criativa, aberta e flexível – presente na produção literária, no teatro, no cinema, na música, nos jornais e na cultura popular.

A gente acredita que é essencial reconquistar a língua e garantir o acesso principalmente dos jovens ao conhecimento e ao reconhecimento da sua riqueza. O Yiddishkeit marca nossa história há mais de mil anos e merece ser preservado, conhecido, produzido, inovado pela geração atual.

A fuga em massa dos judeus para o Leste Europeu, vindos da França e da Europa Central entre os séculos 10 e 17, fez daquela uma região de extensa população que falava Yiddish, os ashquenazim. A palavra ashquenazi se origina de Ashquenaz, que, no hebraico medieval, designava a Alemanha. O idioma passou a se chamar ídish no século 18, mas antes já era a principal língua falada pelos judeus de cultura ashquenazita.

Estima-se que havia 15 milhões de ashquenazim em 1939, a maioria falante do Yiddish. Dilacerada com o genocídio perpetrado pela Shoá, a língua Yiddish se espalhou por muitos países, devido à migração dos que fugiram ou sobreviveram ao Holocausto. Hoje, entre 1 e 3 milhões de judeus falam Yiddish, a metade nos Estados Unidos.

Mas é a formação e a bonita história da língua ídish que marcam o Yiddishkeit. Trata-se de uma língua criada em um contexto de plurilinguismo interno e externo, como diz Benjamin Harshav. De um lado, os falantes do Yiddish viviam em locais onde se falavam várias línguas. De outro lado, é uma língua de fusão: do alemão (que lhe dá a estrutura e a fonética), do hebraico (alfabeto usado na escrita, e muitas palavras entraram no Yiddish); de línguas eslavas (muitas palavras e expressões no Yiddish).

Daí sua riqueza e abertura para outras línguas: um americano, um francês, um falante de língua portuguesa ou de qualquer outro idioma agrega palavras ao Yiddish na sua conversação informal e mesmo na escrita. Essa riqueza está presente na extensa produção literária (romances, contos, poemas, peças teatrais), nos textos jornalísticos, na cultura popular (sabedoria, provérbios, xingamentos e bênçãos). E na música.